20100327

Exposição Lambe-lambe

Começa dia 28 março, domingo, as 10:30
Termina dia 27 de abril, as 17:50
Local: Quiosque 8 - Parque da Água Branca. Av. Francisco Matarazzo, 455.



O lambe-lambe é uma imagem essencialmente nômade. Daí resulta sua grande versatilidade e a desenvoltura com que transita entre espaço público e privado – característica que o coloca em posição singular e privilegiada, no contexto da reflexão artística contemporânea. Obras idênticas vão sendo transformadas pela cidade: em cada nova locação, signos urbanos interferem em seu conteúdo, sugerindo diferentes leituras. 

O lambe-lambe vem se tornando, cada vez mais, um campo fértil à experimentação gráfica, abarcando xilogravura, stencil, desenho, fotografia, tipografia e imagem digital. O laboratório dessa experimentação pode ser pensado como uma continuidade entre atelier – ou computador – e cidade. Nisso ele se diferencia daquelas manifestações de arte de rua cuja elaboração se dá, exclusivamente, no corpo-a-corpo físico com a metrópole. O processo de elaboração do lambe-lambe tem outra natureza, inclusive por que ele é concebido para um campo pré-determinado e restrito – a folha de papel. 

Na sequência de eventos que o Coletivo Água Branca vem promovendo, a ampliação de diálogos no âmbito da arte pública tem sido o foco central. É o que acontece, também, com a exposição LAMBE-LAMBE – mostra pensada como evento paralelo à comemoração do dia do graffiti. Nela colocamos em destaque a força da imagem gráfica concebida para o muro urbano – uma força que será potencializada, nesse projeto, pela diversidade de abordagens, realizadas por artistas de diferentes formações e procedências. Durante um mês, imagens nômades acampam no parque da Água Branca, interagindo entre si e propondo ao público uma reflexão sobre vida e arte na metrópole paulistana.


20100325

Coran Can por Nick Walker



A pintura acima foi feita no Quai de Valmy, no centro de Paris. É em resposta à decisão de Sarkozy de proibir a burka. 
 Nick: "É particularmente tenso em Paris, estão entre as eleições e a reação deve ser bastante forte. A polícia descobriu o grafite 30 minutos depois de ter sido concluído e não esperamos que ele continue a longo prazo". Depois de meses de disputas, o governo acredita estar a apenas alguns dias de ratificar a proibição.

20100324

Homenagem a Ozeas Duarte


27 de Março é o Dia do Graffiti.

E em comemoração haverá uma programação especial:

Evento de abertura, dia 26 março, a partir das 19h.
Local: Ação Educativa  (Espaço Cultural Periferia no Centro)
Rua General Jardim 660 - Vila Buarque. ENTRADA FRANCA.


INTERVENÇÕES NA CIDADE

Dia 27 de março
Rua Maria Borba e entorno - Vila Buarque

Dia 28 março
Rua Santo Antônio - Bixiga (DGT Filmes)
Quiosque 8 - Parque da Água Branca



20100323

Atack a mural: OSGEMEOS, NUNCA, NINA, Finok, e Zefix

"R$ 200.000 em Maquiagem e a Cidade em Calamidade" foi a frase pichada, no dia 18 março, no mural que os grafiteiros OsGemeos, Nunca, Nina, Finok e Zefix pintaram na Avenida 23 de maio.



A prefeitura de São Paulo gastou no painel R$ 200 mil reais entre gastos com tinta e cachê para os grafiteiros (30 mil reais para cada), sem contar o gasto com verniz anti pixação que facilitou a limpeza do muro, removendo os pixos em cinco horas após a ação, na mesma madrugada a prefeitura mobilizou uma equipe com dois guindastes para limpar o painel.


Há quem compare a agilidade da prefeitura para apagar a pichação no mural ao ocorrido no Jardim Pantanal, bairro pobre da Zona Leste, em que o Prefeito Kassab demorou mais de um mês para tomar uma providência em relação às enchentes que o bairro sofreu e continua sofrendo, sempre que chove. Sem contar as várias outras necessidades que a cidade tem e demoram para ser atendidas ou não o são.

A discussão também ocorre no âmbito do grafite, Cripta Djan:


"Desde o nosso primeiro ataque, o propósito foi o de resgatar o lado contestador da Pixação que estava perdido e inserir o movimento em uma discussão no meio artístico, começamos pelo meio acadêmico que acabou rejeitando a tese de RAFAEL PIXO BOMB que defendeu em seus quatro anos de estudos na Faculdade de Belas Artes, a Pixação, como forma de expressão artística.



A Galeria Choque Cultural sempre disse ser a única representante da arte de Rua do Brasil, e que não tinha preconceitos com nenhum tipo de expressão urbana, então demos a eles uma verdadeira exposição de Pixação dentro do contesto do movimento que é a ilegalidade, a resposta deles foi prestar uma queixa crime na policia. 


A Bienal foi um convite da própria curadoria que declarou que a Bienal daquele ano (Em vivo contato) estava aberta para intervenções urbanas, e a resposta deles foi mandar a Pixadora Caroline Piveta da Motta para cadeia.

Os atropelos aos painéis de Grafites autorizados e financiados e uma cobrança a conduta dos Grafiteiros que se renderam ao sistema e assassinaram o espírito marginal do Graffiti, pois o verdadeiro Graffiti nasceu na ilegalidade e sempre se apropriava de espaços públicos de forma ilegal, alem disso o Graffiti passou a ser usado como antídoto contra a Pixação, já que os donos dos muros empresários e Governantes perceberam que locais Grafitados não eram pixados."




Veja fotos do grafite e da pichação:



20100321

Vídeo Intervenção Privadas - Coletivo HUNNO

http://www.youtube.com/watch?v=Gez4l136KX0

Montar com vasos sanitários encontrados em caçambas de lixo, a imagem de uma flor. Cada vaso uma pétala. O miolo da flor, um carretel de fio contendo fotos das privadas nas caçambas de lixo.
Dentro das privadas serão plantadas hortaliças (hortelã, salvia, arruda, alecrim, orégano).

Objetivo:
Refletir sobre a reciclagem, que se fala muito e se faz, realmente, muito pouco. E trabalhar com a troca de sentidos, estes criados e adquiridos pela sociedade.
Será que você comeria uma hortaliça plantada em um vaso sanitário, vaso este que você mesmo descartou no lixo? 



“Um ato consciente de uma vida deliberadamente bela”. Objetivo é TRANSFORMAÇÃO.

 Hakim Beys, autor de Caos: Terrorismo poético & outros crimes exemplares.

A Intervenção das privadas buscou nesse livro a inspiração para criar novas associações imagéticas, uma troca de sentidos e de sentidos de objetos. As privadas deixaram de ter sua função usual, para alojar vidas e formar uma nova imagem, uma flor. Por sua vez, as hortaliças (comestíveis) estão plantadas em vasos sanitários, lugares estes, que costumamos eliminar o que comemos. Há uma liberdade de sentidos e de sentir.

“O Caos nunca morreu”