20090930

SUPERFLEX - Coletivo Dinamarquês

Bjørn Christiansen. Bjørn é parte do coletivo Superflex, formado por três artistas dinamarqueses. Ele casou com uma brasileira e hoje mora no Rio metade do ano.


Um dos projetos deles, por exemplo, é uma nova marca de guaraná. O Superflex foi para a Amazônia, fez contatos com agricultores de guaraná, bolou a logística de uma pequena fábrica de refrigerantes, fez contatos com comerciantes do mundo inteiro e criou uma cadeia de produção para vender um guaraná que não tem marca (na verdade, a marca é uma tarja preta). Os lucros vão integralmente para os agricultores. Ou seja, o trabalho deles é arte. Mas é muito mais que arte. É um jeito concreto de questionar o modelo econômico atual: guaraná é uma planta tradicional amazônica, mas só é explorada por um punhadinho de grandes corporações, quase sem benefício para os locais (porque, como trata-se de um oligopólio com baixa concorrência, os preços da fruta são baixíssimos).
O guaraná é só um dos muitos projetos do Superflex. Eles também fizeram uma cerveja grátis e uma usina de energia limpa na África. Desliguei o telefone empolgado com as possibilidades. E convencido de que o jeito de mudar o mundo é mudando o mundo.

“É uma bobagem ser contra o capitalismo. É absurdo ser ‘contra o sistema’. O único jeito de mudar o sistema é entrar nele e trabalhar para que ele seja como você quer que ele seja.”

“Não tenho nada contra ganhar dinheiro. Os lucros vão integralmente para os produtores porque neste momento é importante que seja assim, para consolidar o esquema. Mas, se o negócio crescer, também vamos querer ser remunerados.”

“Culpar o capitalismo por tudo é muito fácil. Qualquer um pode ficar num canto apontando o dedo.”

“O problema no Brasil é a falta de uma cultura de empreendedorismo. Há muita burocracia e pouca motivação para fazer coisas novas.”

“O mais importante do nosso projeto é que ele muda a ideia que os agricultores têm do que eles próprios são capazes. Eles podem virar empreendedores.”

Com essa atitude o Superflex consegue ter um impacto real no mundo. Por exemplo: se uma grande corporação quiser vender guaraná na Dinamarca, possivelmente vai encontrar dificuldades para entrar no mercado de lá. Afinal, o guaraná sem marca já ocupou o mercado – é vendido em bares, cafés, restaurantes – e passou sua mensagem democratizante, que caiu bem com a população nórdica.

Ações pelo mundo

Em Roma, dezenas de pessoas sequestram um ônibus e, armados de aparelhos de som, começam uma festa lá dentro. Interrogados, vários deles afirmam ter o mesmo nome: Luther Blissett. Em Nova York, surgem placas sinalizando lugares históricos sombrios, como o mercado onde se leiloavam escravos. Em mais de 300 cidades do mundo, na última sexta-feira de cada mês, bandos de centenas de ciclistas se encontram aparentemente por coincidência e param o trânsito na hora do rush.
Cidades dos pampas à Amazônia são invadidas por placas de trânsito adulteradas, paraquedistas de brinquedo caindo de arranha-céus e milhões de adesivos caseiros multicoloridos. Em Belo Horizonte, abre-se uma loja grátis. No norte da Itália, aparece um gigantesco coelho felpudo de 55 metros de altura. Um olhar mais atento no coelho revela o horror: suas tripas coloridas estão para fora.
O Luther Blisset, que sequestrou o ônibus, reunia mais de 400 artistas e escritores europeus que, entre 1994 e 1999, se dedicaram a inventar histórias falsas para enganar a imprensa e mostrar como os jornalistas somos incompetentes. Depois que se desfez, 5 membros fundaram o Wu Ming, coletivo italiano que escreve romances de sucesso. O RepoHistory, da placa do mercado de escravos de Nova York, era um grupo dos anos 90 dedicados à recuperação de passados perdidos. O Critical Mass, sem líder e reivindicação clara, promove invasões ciclísticas mensais há 17 anos em quase toda grande cidade do mundo. Os coletivos brasileiros de intervenção urbana são centenas, interessados em espalhar sua mensagem pelas ruas, em vez de abandoná-las em museus desertos. A loja grátis, instalada num mercado decadente de BH, na qual qualquer um pode deixar e pegar o que quiser, é um projeto do Ystilingue. O coelho gigante, que vai ficar apodrecendo até 2025 numa montanha italiana, foi feito com lã e palha pelo coletivo austríaco Gelitin.

20090929

Expo Stickers 09


Segundo ano consecutivo a Expo Stickers: uma reunião mundial de sticker arte, iniciativa única e inédita no mundo focada na reunião e exibição de adesivos vindos dos 4 cantos do planeta.
Este ano conseguimos 200 artistas participantes de 27 paises como Brasil, EUA, França, Itália, Polônia, Irã, Líbano, India, Australia, Argentina, México, Japão, Colômbia, Chile, Peru, Espanha, Uruguai, Portugal, Inglaterra, Alemanha, Rússia, Africa do Sul, Bélgica, Holanda, Eslováquia, China e Malasia.
Em São Paulo a esquina da fachada da loja-galeria El Cabriton y Amigos será coberta por adesivos de rua numa intervenção artística do meu personal-designer Souzacampus.
Desta forma a EXS 09 tem seu objetivo consagrado: exibição dos adesivos em seu ‘habitat-natural’ que é a rua, sem contar que o acesso se torna universal a qualquer pessoa que passe pela calçada, uma das mais movimentadas da cidade.
Em São Carlos a EXS 09 faz parte de um grande festival cultural universitário, o CONTATO que reúne manifestações artísticas contemporâneas que estão fora do mainstream e reúne estudantes do Brasil e América Latina.
Os interessados em conhecer mais a exposição podem pela internet acessar o Flickr oficial com todos os artistas catalogados e o site http://expostickers.org
As exposições serão itinerantes contam com apoio de: El Cabriton, KIngoLabs, Polvora!, IdeaFixa e Suvinil.

PARTICIPE DE NOSSAS FESTAS:

-São Paulo- abertura dia 3 de outubro a partir das 15h na El Cabriton (Rua Augusta nº 2008 esquina com Alameda Jau- Jardins- Estação Consolação do Metrô)

-São Carlos - abertura dia 7 de outubro a partir das 17h (Campus da UFSCar)

ENTRADA FRANCA

As exposições serão itinerantes contam com apoio de: El Cabriton, KIngoLabs, Polvora!, IdeaFixa e Suvinil.

20090928

Ação kassamb

Eu postei dizendo sobre a Ação Caçamba. Tirei algumas fotos para exemplificar o que disse sobre muito tudo, madeira, móveis, privadas, etc, jogadaos nessas caçambas. A idéia é reutilizar esses materiais.






Participem do Oasis

O Oasis é um movimento de pessoas conectadas em Rede, que agem em cooperação para colocar a mão na massa e fazer acontecer em diversas comunidades.
É só você se cadastrar no site, não esquecendo de escolher o local de Ação que você quer ajudar. Tem que entrar num grupo.
Se você mora em São Paulo tem a Vila Itororó, Baixado do Glicério.
Essas ações acontecem no Brasil inteiro, através do site.
http://oasissaopaulo.ning.com/

Vila Itororó

Esse final de semana vai ter um mutirão na Vila Itororó para reformar a associação do local. Quem puder e quiser ajudar...

Quem não conhece a Vila Itororó vale a pena ir até o lugar, não para tirar foto, que seria digno pela arquitetura, pois a Vila foi construída com ruínas de teatros, mas pra tentar descobrir um pouco da história do lugar.
Ali moram famílias, 250 pessoas. Estão querendo tirá-las do local para dar lugar a um Centro Cultural, sendo que ali já é um centro cultural, além de rolar vários projetos ali, teve também de sábado pra domingo a Vilada Cultural.
Será que essa ação também faz parte da revitalização do centro?
Essas fotos foram tiradas no dia da Vilada Cultural, tem muitos grafites no local e no dia tava rolando bandas, projeções, performance.




As fotos não estão boas, mas dá para ver a arquitetura e sentir um pouco da vibração do lugar.

Mais CaOs

Jogar dinheiro para o alto no meio da bolsa de valores seria um Terrorismo Poético bastante razoável, mas destruir o dinheiro seria uma excelente Arte-Sabotagem. Interferir numa transmissão de TV e colocar no ar alguns minutos de arte incendiária caótica seria um grande feito de Terrorismo Poético, mas simplesmente explodir a torre de transmissão seria um ato de Arte-Sabotagem perfeitamente adequado.

20090927

GENTRIFICAÇÃO

O EMBURRECIMENTO urbano, ou gentrificação, ou limpeza social, diz respeito à expulsão de moradores tradicionais, que pertencem a classes sociais menos favorecidas, de espaços urbanos e que subitamente sofrem uma intervenção urbana (com ou sem auxílio governamental) que provoca sua valorização imobiliária. Ou seja, bem parecido com o que vai acontecer aqui no centro de São Paulo, eles querem revitalizar a área, portanto vão tirar as famílias de baixa renda do centro e vão realocá-las (se isso for feito)em bairros periféricos. Pobre não pode viver no centro, eles não tem esse direito!
Também tem uma maneira mais sutil de isso ser feito, exemplo a Vila Madalena, e a arte muitas vezes é usada pela especulação imobiliária. Vários artistas começaram a montar seus atelies lá, também por ser uma área relativamente barata, aluguel barato, o lugar começa a valorizar, o capitalismo chega trazendo grandes corporações como Mc Donalds e outras porcarias, o aluguel sobe, tudo sobe, VALORIZANDO A ÁREA ( O que é valorizar uma área? É ter apenas pessoas com renda maior ou equivalente a  20.000 mil por mês, no mesmo metro quadrado? Até aonde eu sei, dinheiro e valor, no caso, pessoal, é bem diferente). Muitas vezes esses artistas, pelo menos os mais independentes, fora dos circuitos de arte, não conseguem mais se manter naquele local, financeiramente, e são obrigados a mudarem.
VIVA A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA!! VIVA O CAPITALISMO!!

CAOS - Terrorismo Poético & outros crimes exemplares. Hakim Bey

O Caos nunca morreu. O Caos é anterior a todos os princípios de ordem.
As correntes da Lei não foram apenas quebradas, elas nunca existiram. Sabe o que aconteceu? Eles mentiram, venderam-lhes idéias de bem e mal, infundiram-lhe a desconfiança de seu próprio corpo, a vergonha pela sua condição de profeta do caos, inventaram palavra de nojo para seu amor molecular, hipnotizaram-no com a falta de atenção, entediaram-no com a civilização.
Não há transformação, revolução, luta, caminho. Você já é o monarca de sua própria pele. A sua liberdade é inviolável e espera ser completa apenas pelo amor de outros monarcas.
Desejo até o limite do terror. Todo o resto é apenas mobília coberta, anestesia diária, merda para cérebros, tédio sub-réptil de regimes totalitários.
Avatares (representantes) do caos agem como criminosos do amor louco, acessíveis como crianças, perseguidos por obsessões, desempregados, sexualmente perturbados, anjos terríveis, olhos que lembram flores.
Aqui estamos, engatinhando pelas frestas entre as paredes da Igreja, do Estado, da Escola, da Empresa, todos os monólitos paranóicos. Arrancados da tribo pela nostalgia selvagem, escavamos em busca de mundos perdidos, bombas imaginárias.

Essa é só uma introdução do livro. O caos que Hakim Bey proprõe é o inverso do que nós vivemos hoje, inverso esse que é a verdadeira ordem, ele propoe a ordem e não o caos. Alguém tem alguma dúvida de que o que nós vivemos o caos e não a ordem?

20090924

Vídeo - Marina Abramovic, GenitalPanik


Vídeo - Marina Abramovic. GenitalPanik
Coincidência ou não esse é o segundo vídeo de nudez perturbadora, mas prefiro chamar de nu artístico!
Ela é performer desde 70, nasceu na Iuguslávia.
O corpo sempre foi o seu tema e sua mídia.
Abramovic utiliza (d)a vida cotidiana como deitar, sentar, sonhar e pensar.
Junto com Bruce Naumam, Vito Acconci, e Chris Burden, Abramovic agrega valor a art performance.

20090923

Vídeo - La furia Del Baus

Performance!
É uma das formas de se fazer uma intervenção.

Vídeo - Yomango

Vídeo - Ação do Coletivo Yomango
Yomango é um coletivo Espanhol, na gíria quer dizer "eu roubo".
Lembrando que Mango é uma loja de roupa da Espanha.
Desobediência civil! Afanar produtos, propõe a reapropriação, a livre circulação de objetos, bens, idéias e pessoas, o questionamento e a desobediência ao capitalismo.
Este é um vídeo de uma ação no supermercado.
site: http://www.yomango.net/

20090922

Vídeo - Tatsumi Hijikata - ANKOKU BUTÔ (Dança das Trevas)

Vídeo - Tatsumi Hijikata. Butô
As suas questões diziam respeito, antes de mais nada, ao colapso do corpo, à exploração da consciência (e do inconsciente cognitivo), ao enfrentamento da morte e à investigação de campos de percepção ainda não suficientemente pesquisados."O que aconteceria se fosse possível colocar uma escada dentro do corpo para descer até o fundo?"A cidade é formada por corpos, consciente e insconcientes, toda essa transição de corpos forma uma cidade.Pensar a cidade, de um certa maneira, é pensar em nós mesmos.

20090920

Livro

Arthur me indicou o livro "A cidade polifônica" do Canevaci.

Leitura

Estou lendo o livro Distúrbio Eletrônico, coleção Baderna. Coletivo Critical Art Esemble.
Fazendo fichamento.

Intervenções

Estou em dúvida entre duas Ações:

- intervenção 1 : trabalhará aspectos da luz, da cor e do som na cidade de São Paulo.
Como os prédios trazem sombra, como isso afeta nosso inconsciente e a cidade de São Paulo. Como as casas e as ávores possibilitam a passagem de luz.
A cor cinza prevalece não só nas construções, mas também no asfalto. Um grafite devolve a cor pra cidade e consequetemente devolve a vida para aquele pedaço que o desenho foi feito.
O som que ouvimos todos os dias na cidade de São Paulo é atordoante, buzina, moto, caminhão. Não nos damos conta da poluição sonora e como esse aspecto influencia no nosso humar, na inquietação.
O Objetivo é despertar para aspectos simples, que fazem muita diferença para nós como seres humanos, mas que as pessoas não se lembram mais dessa importância, entrando num caos sonoro, visual, emocional e mental. Tudo se funde, e os humanos também.

- intervenção 2 : trabalhará a caçamba de entulho, alugada normalmente para reformas. Por falar nisso, porque tanta reforma?
A reutilização desses materias jogados na caçamba, muitas madeiras, móveis, privadas, malas, gaiolas, etc. são "jogados" nessas caçambas.
Vamos primeiro fazer uma "coleta" desses materiais nas caçambas e levar tudo e todos para um terreno vazio, para que possamos restaurar os móveis achados, construir com as madeiras, reutilizar o que já está pronto para ser REUTILIZADO.

Ainda não pensei no site das intervenções.

Exposição "O Olho da rua"

na Galeria Olido.
Está rolando!

Arte Cidade

Nelson Brissac

www.cap.eca.usp.br/ars7/brissac.pdf