20090927

CAOS - Terrorismo Poético & outros crimes exemplares. Hakim Bey

O Caos nunca morreu. O Caos é anterior a todos os princípios de ordem.
As correntes da Lei não foram apenas quebradas, elas nunca existiram. Sabe o que aconteceu? Eles mentiram, venderam-lhes idéias de bem e mal, infundiram-lhe a desconfiança de seu próprio corpo, a vergonha pela sua condição de profeta do caos, inventaram palavra de nojo para seu amor molecular, hipnotizaram-no com a falta de atenção, entediaram-no com a civilização.
Não há transformação, revolução, luta, caminho. Você já é o monarca de sua própria pele. A sua liberdade é inviolável e espera ser completa apenas pelo amor de outros monarcas.
Desejo até o limite do terror. Todo o resto é apenas mobília coberta, anestesia diária, merda para cérebros, tédio sub-réptil de regimes totalitários.
Avatares (representantes) do caos agem como criminosos do amor louco, acessíveis como crianças, perseguidos por obsessões, desempregados, sexualmente perturbados, anjos terríveis, olhos que lembram flores.
Aqui estamos, engatinhando pelas frestas entre as paredes da Igreja, do Estado, da Escola, da Empresa, todos os monólitos paranóicos. Arrancados da tribo pela nostalgia selvagem, escavamos em busca de mundos perdidos, bombas imaginárias.

Essa é só uma introdução do livro. O caos que Hakim Bey proprõe é o inverso do que nós vivemos hoje, inverso esse que é a verdadeira ordem, ele propoe a ordem e não o caos. Alguém tem alguma dúvida de que o que nós vivemos o caos e não a ordem?

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