20091229

Bloom Project Aldeinha

Reinterpretada com plantas e cores, uma antiga favela emerge na forma de obra de arte para rememorar a vida de seus moradores e ser um espaço de convívio e transformação social.
Esse cenário é o coração da maior megalópole da América Latina. São Paulo, bairro da Lapa. De um lado, a Marginal do Rio Tietê e a Ponte Júlio Mesquita Neto: é a Favela Aldeinha – com 17 mil metros quadrados.

Neste terreno foram plantadas algumas sementes de transformação. Um projeto socioambiental que pretende recuperar essa área por meio de uma obra de arte viva: um jardim de folhagens coloridas que vai reproduzir a planta original da favela – suas casas, ruas e becos – para fazer nascer ali um local de lazer e encontro entre as diferentes classes socioeconômicas de São Paulo.

O conceito da obra é do artista francês Jean Paul Ganem, conhecido pelo trabalho de landscape art realizado no interior da França, em aterros sanitários no Canadá e em pistas de aeroportos. "aqui a favela ainda está dentro da cidade e, no entanto, seus moradores são invisíveis. E eles querem ser vistos. Essa obra de arte vai rememorar as pessoas da Aldeinha e levar a classe média para dentro da favela, por meio de um único vetor: plantas”, diz Ganem.

O artista escolheu folhagens nativas que crescem o ano inteiro para compor toda a obra, e, na área que reproduz as moradias, vai usar 80% de grama colorida e 20% de pedras portuguesas retiradas durante uma reforma das calçadas da Avenida Paulista.

Educação ambiental, capacitação profissional, geração de renda e reinserção social constituem o cerne do projeto, encabeçado pela Brazimage Productions.

Para que mais gente possa participar dessa transformação foi criada a campanha Bloom Project Aldeinha, que permite que os cidadãos adquiram quotas no site www.bloomproject.org.br para acompanhar o processo de realização da obra e ao final quando esta estiver pronta receber uma foto fine art numerada e assinada pelo artista com uma tiragem de 17 mil cópias.

TRANSFORME VOCÊ TAMBÉM E PARTICIPE!

Site: http://www.bloomproject.org.br/
Flickr: BloomProject
Twitter: @bloomproject
Comunidade Orkut: Bloom Project Aldeinha

20091201

COMÉRCIO INTERNACIONAL DE ARMAS

    Journal intime d'un marchand de canons, que poderia ser traduzido como Diário íntimo de um vendedor de canhões é uma ficção de Philippe Vasset. O autor é jornalista. E já no Prefácio, adverte: "...por trás dessas histórias, se agita uma realidade globalizada, sobre a qual nada se sabe, ou quase nada. Apesar de ser ficção, todos os episódios aconteceram, os nomes e as datas são verídicos."
    Ao descrever uma série de ações para proteger segredos, o narrador cria um clima de romance de espionagem; exemplos: como catalogar nomes e endereços de clientes através de códigos, como destruir senhas de celulares comprados em países estrangeiros, como queimar papéis velhos sem chamar a atenção de vizinhos, papéis que contêm cadastros com dados de generais, almirantes, políticos, que servem de intermediários entre o vendedor e os responsáveis pelas compras (geralmente, também políticos e militares), papéis que contêm textos sobre as armas dos concorrentes... Isto porque os vendedores de armas (alguns, oficiais, outros, contrabantistas) correm riscos diante da espionagem industrial, da polícia dos serviços de inteligência de diversos países e dos jornalistas.
    Como clientes, é um vale-tudo inescrupuloso, sem bandeira, sem religião, e, principalmente, sem ideologia: a Etiópia comunista, a Sérvia em guerra, o mundo islâmico, Saddan Hussein, Hugo Chavez... E haja corrupção: Os militares que dão o parecer sobre as compras recebem suas quotas como "presentes". Às vezes, o próprio governo do país vendedor faz as doações, oficialmente. Ao longo do livro, percebe-se que o vendedor de armas não passa de um camelô. São os ministérios de defesa dos países vendedores que operam e resolvem tudo.

Vejamos dois casos citados com minúcia ao longo do livro:

O episódio do Conselheiro X.
    Saddan invadiu o Iran e pressionou a França sobre a entrega de Mirages F1, que já tinha adquirido. A França tentou adiar a entrega mas, sob pressão, liberou o primeiro lote em janeiro de 198l. O final só seria entregue 4 anos depois. Em agosto de 1982 Saddan exigiu a entrega do restante mas o ministro da defesa francês alugou ao Iraque 5 caças Étendard da marinha nacional, através de uma manobra comercial. Pilotos de caça franceses se tornariam conselheiros civis dos militares iraquianos, para instruir os aviadores.
    Um desses conselheiros é chamado de X, para proteção da identidade do militar francês. Os "alunos" iraquianos estavam com dificuldade de aprender o manejo de mísseis. O conselheiro vestiu uniforme iraquiano e fez disparos de demonstração para as autoridades militares. Tanto X quanto o narrador foram sequestrados e presos no Iraque. O narrador, enquanto vendedor, para garantir o sucesso das armas. E, durante três semanas, X, um cidadão francês, vestido de soldado iraquiano, fez parte da tropa de ataque, atirando mísseis contra o Iran.
Submarinos para Hugo Chavez.
    Por um embargo americano, a Venezuela não pode comprar armas dos Estados Unidos nem de países que usam peças americanas em suas armas. A Espanha estava negociando para equipar a marinha de guerra venezuelana mas em seus artefatos havia peças americanas. O caminho para a venda, assim, ficou livre para a França. Quando os Estados Unidos descobriram as negociações francesas, ameaçaram suspender a entrega de catapultas americanas para o segundo porta-aviões francês. Os vendedores franceses começam a presentear os militares venezuelanos, enquanto vão transcorrendo as negociações, observadas de perto pela instituição DCN (Direction des Construcions Navales - hoje DCNS). Num determinado momento, todo o processo é paralisado. Motivo: Se a França vendesse a Hugo Chavez todo o material pretendido, provocaria um desequilíbrio de forças na região. O responsável oficial francês apresenta os dados relativos a submarinos; Brasil: 4, do tipo Tupy; Peru: 6, U209; Argentina: 3, U209; Chile: 2 Scorpène e 2 U209 modificados. O poderio venezuelano, num possível confronto aberto com os Estados Unidos, poderia envolver a França por causa da fronteira venezuelana com território francês na Guiana Francesa.
As negociações foram, pois, suspensas.
    Poderíamos concluir desse fato que os países vendedores têm, dentro de suas regras de vale-tudo, uma outra regra maior, segundo a qual, são eles que determinam até onde um certo país pode se armar? Sabe-se que os 5 países que mais vendem armas não mundo (China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia- coloquei em ordem alfabética) são exatamente os 5 países que formam o Conselho de Segurança da Onu. Segurança de Quem? Não sei que lugar ocupa Israel nessa lista de vendedores.

    Em diversas partes do livro o autor faz menção ao filme O Senhor das Armas, de Andrew Niccol, por sentir-se semelhante ao protagonista, no aventuresco e na amoralidade. Tanto o livro quanto o filme padecem de um defeito congênito. Ambos são ficção baseada em dados reais. Não se pode deduzir que determinado fato seja verdadeiro, próximo do real ou apenas fantasia. Exemplo: no livro, o narrador revela que: "...Os vitrais da catedral de Doha (capital do Qatar), símbolo da tolerância religiosa do emirato, foram integralmente financiados pelos fabricantes de armas franceses." Até que ponto isto seria verdade? Teríamos então a imagem da fatalidade total: Deus e o Diabo de mãos dadas, trabalhando juntos para infernizar a vida dos habitantes do planeta.
    Quem tiver curiosidade para saber até onde vai a patologia, a delinquência e o poder de um vendedor de armas, consulte a Wikipedia, verbete Bazil Zaharoff: http://pt.wikipedia.org/wiki/Basil_Zaharoff.


Jorge Teles.

20091117

UTOPIAS PIRATAS, XIITAS FANÁTICOS IMAGINÁRIOS, PORNOGRAFIA TÂNTRICA


ALGUMAS IDÉIAS POÉTICO-TERRORISTAS QUE AINDA CONTINUAM EM TRISTE LANGUIDEZ NO REINO DA “ARTE CONCEITUAL”


1. Entre na área dos caixas eletrônicos do Citibank ou do Chembank numa hora de muito movimento, cague no chão & vá embora.

2. Chicago, Maio de 1886: organize uma procissão “religiosa” para os “mártires” do Haymarket – grandes faixas com retratos sentimentais coroados com flores & transbordando de fitas & lantejoulas, carregadas por penitentes vestidos em trajes com capuzes negros no estilo KKKatólico.

3. Cole em lugares públicos um cartaz xerocado com a foto de um lindo garoto de 12 anos, nu & se masturbando, com o título bem à vista: A FACE DE DEUS.

4. Envie elaboradas & requintadas “bênçãos” mágicas pelo correio, anonimamente, para as pessoas ou grupos que você admira, por sua capacidade política ou espiritual ou por seu sucesso no mundo do crime.

Dar voltas sem destino na velha picape, pescar & coletar alimentos, deitar na sombra lendo quadrinhos & comendo uvas – essa é a nossa Economia. A realidade das coisas quando libertas da Lei, cada molécula uma orquídea, cada átomo uma pérola para a consciência alerta – esse é o nosso culto. O Airstream tem tapetes persas em todas as suas paredes, a grama está cheia de ervas satisfeitas.
Detalhes completos podem ser obtidos na AAO

20091113

Convite - Intervenção Privadas

Vamos fazer a Intervenção da privada, explicação logo abaixo.
Montaremos amanhã, sábado 14 nov as 8 da manhã, e estamos convidando todos a fazer um piquenique na praça Mal. Cordeiro de Farias, lugar onde vai rolar a Intervenção, as 13 h.

Encontramos sete privadas nas caçambas de lixo em Santa Cecília, em três dias e 3 quarterões. Essas privadas vão ser as pétalas da flor.

O miolo vai ser um carretel de fio, com uma montagem de fotos das privadas nas caçambas de lixo, em cima.

Dentro das privadas vamos plantar hortaliças, ou seja, vamos fazer um horta dentro das privadas jogadas nas caçambas de lixo.

Objetivo é refletir sobre a reciclagem, que se fala muito e se faz muito pouco. E trabalhar com os símbolos: Será que você comeria uma hortaliça plantada no vaso sanitário, que você mesmo jogou no lixo?

Endereço:
Praça Mal. Cordeiro de Farias - Consolação, São Paulo - SP
Link do endereço da Intervenção

Meu telefone é (11) 6714.0400 , caso tenham alguma dúvida!

20091111

Elevado


choice
Originally uploaded by ANDRERATEL

Foto tirada por André Salerno com câmera reflex de película.

O Estrangeiro - Osgêmeos e Plasticiens Volants

Um dos personagens criado pelos gêmeos, vai deixar as paredes e "ganhar vida" em um corpo inflável com mais de 20 metros de altura. O bonecão estrela é um dos "atores" de "O Estrangeiro", espetáculo que o grupo francês Plasticiens Volants.

A apresentação começa em um painel, pintado em uma construção no Vale do Anhangabaú pelos gêmeos. Ao ficar pronto, o gigante ganha vida e sai andando em forma de boneco para contracenar com o resto da trupe. "O edifício que vai receber a imagem do boneco será demolido.

É a atividade que encerra o Ano França.Br.

Dias 12 e 13 de novembro, às 19:30.
Vale do Anhangabaú.

20091109

Banksy no Bristol Museum

A amostra Banksy vs Bristol Museum, foi inaugurada mês passado na cidade de Bristol, Inglaterra.
Banksy convida as pessoas a repensar os seus conceitos sobre arte através do estêncil. E como ele faz isso? Confrontando o caos, a transgressão e poluição visual das grandes cidades com o formalismo e a sobriedade dos museus.

Sociedade de consumo. Assim como muito artistas, ele utiliza o incômodo como fonte de inspiração, então no meio da década de noventa começaram a surgir nos muros de Bristol e Londres desenhos que quebravam a hipnose de preocupações tão comum em moradores das cidades grandes: Mickey Mouse e Ronald Mcdonald andavam de mão dadas com a famosa menina queimada por napalm; colegiais louvavam bolsas de supermercado, e por aí vai.

Os hábitos capitalistas e a temática non sense, de policias dançando ciranda, uma turma de crianças alegremente abraçada a mísseis, ratos vestindo a camiseta "I Love NYC" - um destes muros foi leiloado no E-Bay por mais de 400 mil libras.

Aos poucos seu trabalho começou a ser notado não apenas pela policia inglesa, mas pelo mainstream em 2003, com o convite do Blur para ilustrar a capa e o encarte do álbum Think That. A parte gráfica do álbum teve mais êxito do que a música em si. Em 2005, Banksy viajou por conta própria até à Cisjordânia, e realizou uma série de desenhos no recém erguido Muro da Segregação (que divide fisicamente a Palestina de Israel). Um dos desenhos é o de uma menina ganhando vôo graças a balões de gás. Ganhou as páginas de jornais do mundo inteiro.

Em 2009, no Bristol Museumo visitante depara com um policial da tropa de choque cavalgando em um pônei de brinquedo, atrás dele um enorme um enorme caminhão de sorvete pichado. As instalações - algo recente na sua carreira - são uma constante à medida que avança-se pelas salas, desorganizadas e provocativas, onde aparecem animais aprisionados que sonham com a liberdade - sobrou até para o simpático Piu Piu, que aparece triste e enrugado dentro da sua jaula. "Reinterpretações" foi o que Banksy fez com algumas das mais famosas expressões das artes visuais: David, de Michelangelo, com explosivos presos ao corpo; a deusa da justiça sem a sua tradicional venda, usando agora óculos assinado e no lugar da balança bolsas de compras; quadros pixados ou alterados pela publicidade.

Esta exposição propõem às pessoas repensarem a arte e, principalmente o local ande ela acontece: os museus. Pois trata-se de um espaço que em outros tempos tinha o objetivo de analisar a sociedade através de obras, e que agora muitas vezes não passa de um local de transações comercias, divididas em dois níveis: o primeiro é um circulo social fechado formado por curadores, críticos, colecionadores e artistas que realizam ali os suas transações. O segundo nível (ou sub-nível) é formado pelo grande público, que paga o valor da entrada para ver obras famosas de artistas famosos, para depois, na loja de souvenirs, ter a ótima oportunidade de adquirir o cinzeiro do Pablo Picasso, o porta lápis do Van Gogh, entre outros mimos.

Artista urbano que usa a internet para promover seu trabalho, sendo o Twitter um dos seus canais favoritos. Mas é impossível não relacionar Banksy com outro artista que reformulou os conceitos da sua época - Andy Warol -, mesmo que um gostasse muito de aparecer e o outro simplesmente não aparece; mesmo que ambos tenham surgido de escolas diferentes e usassem técnicas diferentes, eles se assemelham pelo simples fato que pouco usaram uma linguagem tão acessível às pessoas de sua geração, tendo o cotidiano como obra prima e as figuras do mundo capitalista como objeto de estudo.

Anonimato. Sem um rosto como alvo, fica difícil elaborar criticas dirigidas.


Banksy Versus Bristol Museum

13/jun - 31/ago. Gratuito.



20091106

Exposição - TODOS OS SANTOS. Do Sagrado ao Profano...




Lygia Clark

Curta-metragem sobre Lygia Clark é exibido no Espaço Unibanco.


O curta-metragem “Lygia de Pele a Pele”, com roteiro, direção, produção e interpretação de Helena Lustosa e inspirado na obra da artista plástica mineira Lygia Clark (1920-1988), é exibido em pré-estreia em 09/11/09, às 21h30, no Espaço Unibanco de Cinema (r. Augusta, 1.475, tel. 11 3288-6780 11 3288-6780 ). O filme aborda o processo criativo de Lygia Clark e o interpreta em termos de corpo e movimento, com imagens acompanhadas da leitura em off de contundentes textos da artista.

Na ocasião também é exibido outro filme de Helena Lustosa, o curta “Cara de Cão”, que recria um encontro fictício dos artistas plásticos Marcel Duchamp, Lygia Clark e Helio Oiticica.

A entrada é franca.

20091102

Vídeo - INTERVENÇÃO IA - PLÁSTICO BOLHA

Vídeo - Intervenção Plástico bolha/Vimeo

                      ou

Vídeo - Intervenção Plástico bolha/ youtube
Postei a um tempo atrás o projetinho dessa intervenção, agora estou postando o vídeo editado!
Estamos planejando instalar o Plástico bolha no Vale no Anhangabau, na ponte...

Objetivo é causar uma reflexão nas pessoas em relação ao ambiente e o sistema em que estão vivendo, e a relação com as outras pessoas. O plástico bolha é um símbolo do capitalismo embrulha todas as besteiras desnecessárias que compramos o tempo todo. Será que é necessário uma Instalação como essa para as pessoas conversarem e se notarem?

20091101

OS GÊMEOS na Faap

De 25/out a 13/dez. Gratuito.

VERTIGEM

Gustavo e Otávio Pandolfo - OS GÊMEOS.

Traço fino e sombreado inovador. Detalhismo e perfeição.
O efeito é conseguido pela pressão suave com um bico pequeno e o jato é aplicado perto da superfície, traço fino. Aspersão de gotículas marginais à linha, que criam o efeito de sombreamento das bordas do desenho.
O amarelo é sempre usado para a pele de seus personagens e o contorno é vermelho açaí, dando volume.
Além dos desenhos bidimensionais nas paredes, muitos são feitos em portas, gavetas, janelas, caixas de som e os Gêmeos ainda produziram instalações como um  barco, com sensor, uma casa incrível que passa um vídeo sobre a crueldade da realidade de alguns seres humanos, uma caixa com espelho, luzes e música.
Tudo tem um significado, é muita cor, muitos detalhes.
Mesmo dentro de uma instituição, o aspecto urbano e humano continuam presentes na exposição, e os Gêmeos conseguem transmitir através da ficção, o olhar sonhador e ingênuo dos seus personagens, uma crítica ao modelo sócioeconômico mundial.


P.S O pôster da trigésima terceira edição da Mostra de Cinema de São Paulo é assinada por eles!
O cartaz servirá também como base para a vinheta animada da mostra.





20091028

Documentário ou ficção?

Filmes! Assim Marcelo Novais Teles define o trabalho que vem fazendo há mais de 20 anos.

Documentário porque filma pessoas reais em situações cotidianas e tudo que é contado é verdade. Ficção porque dirige as pessoas como se fossem atores de suas vidas, refazendo os planos quando não ficam bons, como no cinema. Por isso brinca dizendo: “faço filmes de verdade ou verdadeiros filmes. Não sou cineasta nem videoasta e sim “filmeasta”.

Optou pelo formato vídeo quando este começou à chegar no mercado. Seu primeiro curta – metragem: “Jour de deuil” (dia de luto) foi filmado em Milão em 1986, com uma câmera VHS-C. Desta experiência surgiu o desejo de fazer cinema. Voltou para Paris onde morava desde 1981 e começou a escrever e procurar produzir seus roteiros. Em 1985 tentou entrar no I.D.H.E.C , atual FEMIS. Não foi admitido, mas conheceu um grupo com quem seguiu trabalhando durante anos. Foi co-roteirista, ator, assistente câmera, cenógrafo e editor.

Como filmar em película custava muito caro, decidiu fazer seus filmes em vídeo. “Além do quê, para mim plano em 16mm ou 35mm é necessário uma enorme equipe. Muita gente à toa, esperando sua vez para entrar em ação, acho um desperdício. No final o resultado em película é bonito, mas muitas vezes sem alma. Muita preocupação com a forma, esquecendo-se do conteúdo. Prefiro equipe reduzida e reciclada: quem foi ator num plano, será câmera no outro, contra-regra ou engenheiro de som.”

Percebi a importância de sua obra quando me dei conta que a maneira que Marcelo Novais produz seus filmes é um método de fazer cinema, até hoje muito pouco explorado. Uma pena pois é o típico cinema underground quando se trata de orçamento, pois os atores são seus amigos, que na grande maioria das vezes nunca atuaram, suas locações ou são apartamentos de amigos e conhecidos ou lugares públicos, a direção, câmera, som, direção de arte, produção, edição e mixagem é tudo ele quem faz. Sua câmera não passa de uma Panasonic NV-GS180. Tem total liberdade para fazer seu filme da maneira "que o entende". E se entendem, pois seus filmes funcionam.
Um método que poderia ser divulgado para estimular e encorajar novos produtores. O famoso "faça você mesmo".
Como ele mesmo se diz a favor da pirataria, tenho todos os seus filmes, quem se interessar é só deixar um comentário nessa postagem, que envio por email.

20091021

Honestidade - Revista Trip

Assunto bem delicado se tratando de um país como o nosso, afinal o exemplo vem de cima, ou "de lá  dos de cima".
A revista Trip vez uma edição especial: Honestidade. Vai encartar notas de R$ 2 em 3.000 exemplares da próxima edição, pedindo que elas sejam devolvidas para um determinado endereço.
Foi você que perdeu esse dinheiro?
Vendo o lado positivo dessa ação, a questão não é se vão ou não devolver a nota para a revista, mas tocar no assunto honestidade com o povo. Num momento Sarney, acaba colocando em pauta e claro repercutindo o nome da revista.

20091018

Queima Obras Hélio Oiticica

O acervo de um dos fundadores do neoconcretismo, o artista Hélio Oiticica, falecido em 1980,  queimou entre sexta e sábado. Simplesmente perdeu-se 90% das obras do artista que não estavam seguradas, um prejuízo calculado em 200 milhôes de dólares. Só se salvaram CDs e arquivos de computador. E lá se foram todos os parangolés. Queimou-se o Tropicalismo, a idéia do Brasil novo, a possibilidade do inédito, do eterno velho Brasil renovado.

O acervo do artista, guardado no primeiro andar da casa da família no bairro do Jardim Botânico no Rio de Janeiro, se perdeu enquanto seus parentes, que estavam no segundo andar, sentiram um forte cheiro de queimado.
O pior dessa história é que a prefeitura teve um longo entrevero com a família pela posse e preservação das obras. Em 1981, foi criado sob responsabilidade da família, o Projeto Hélio Oiticica. Em 1996, a secretaria municipal de artes do Rio de Janeiro fundou um centro de artes para abrigar todo o acervo, mas brigas entre a família e o governo por causa de (não) pagamentos azedaram o diálogo. Em abril de 2009, os herdeiros de Hélio suspenderam uma exposição, alegando falta de pagamento, que foi regularizado, mas a família não devolveu a maior parte das obras, que estava na reserva técnica do Projeto Hélio Oiticica, que segundo eles, possuía as condições necessárias para a preservação das obras, as mesmas que foram queimadas ontem, seis meses após a contenda.
Jandira Feghali, a secretária de cultura lamentou a perda, mas declarou que a prefeitura lutou pelas obras. César, o irmão de Oiticica que se dedicou a proteger a obra do irmão, declarou emocionado que assume sua falha, apesar da sala na qual ocorreu a tragédia, ter controle de umidade e temperatura.

20091014

Coletivo HUNNO


Desenho do Thiago M



Seus desenhos são feitos com nanquim e tem como característica traços não lineares e finos, preenchendo toda a folha:





Foi feito de presente para uma amiga fotógrafa.




20091012

Galeria Vermelho + SUPERFLEX

O Coletivo dinamarquês SuperFlex, do Guaraná Power e Free Beer, está na Galeria Vermelho,SP, mais uma vez.


Nesse link vocês poderão ver vídeos, imagens, currículo , bibliografia, links, do SuperFlex e também de outros artistas que estarão na Galeria Vermelho.

20091007

Stencil - coletivo HUNNO




Projeto - Intervenção IA

Já na capa apresento que essa Intervenção tem finalidade poética, o choque ou impacto que causará, será tão pequeno que incitará a AÇÃO.


INTERVENÇÃO IA




Local: Sarau Experimental, no IA (Instituto de Artes) Unesp.

End:

Rua Dr Bento Teobaldo Ferraz, 271

Barra Funda

Ao lado do metro Barra Funda.

Dias: 10, 11 e 12 de outubro/09.

Entrada gratuita.

Site especific: Escada de incêndio.



Fotos da Escada de incêndio:






São três dias de Sarau, vamos fazer duas intervenções, uma no sábado e outra no domingo. Vamos utilizar a mesma estrutura, o mesmo site especific, para as duas intervenções, mudando o conteúdo da intervenção.



ESTRUTURA








o esquema acima mostra as estruturas que irão suportar o "tecido flutuante infinito"

As estruturas 1 e 2 são feitas de madeira pregadas entre si para formarem uma estrutura triangular de sutentação para suportarem a tração feita pelas pessoas.

Entre as estruturas 1 e a 2 colocaremos um cano de pvc (o qual será amparado em um fio de nylon que estara preso na estrutura de madeira), para que este de sustento e deslocamento ao suposto tecido (plástico bolha e tecido branco). Em volta do cano de pvc passaremos cola de silicone com o intuito de fazer um grip no tecido para que este não se desloque pela ação do vento. (espero que de certo)




CONTEÚDO DA INTERVENÇÃO:

Conteúdo 1° dia (Sab)

Material : Plástico bolha.

Objetivo: Interação e transformação.

O plástico bolha causa na maioria das pessoas um impulso de querer estourá-la, portanto aproveitando esse hábito das pessoas em relação ao plástico bolha, queremos que se torne um meio de aproximação entre as pessoas que estão no mesmo lugar, no caso o sarau, abrindo espaço para interação e para a modificação, pois estourando o plástico bolha ele se transforma, muda seu formato, textura.

Dar espaço para as relações humanas, dar espaço para as pessoas trocarem experiência e dividirem o mesmo espaço se olhando, se sentindo e conversando.



Conteúdo 2° dia (Dom)

Material: Tecido “em branco”.

Objetivo: Inserção e sensação espacial e desmistificação da Arte.

Dar espaço a qualquer pessoa que esteja no Sarau, se expressar artisticamente, da maneira que quiser e souber. Ex: Stencil, grafite, stickers, recorte, colagens. Vamos disponibilizar alguns materiais.

Uma maneira das pessoas se sentirem parte daquele espaço em que estão inseridos, não importando se estão ali só por duas horas, dois dias, etc, podendo mostrar seu olhar, seu sentimento e sensação naquele momento, naquele espaço e com aquelas pessoas. Normalmente não temos espaço para sermos ouvidos, não importando se estamos interagindo bem com aquele espaço.

E temos a concepção de Arte muitas vezes elitizada, a Arte é qualquer coisa que registre seu pensamento e emoção, portanto uma forma de desmistificar a Arte.

Um forma de registrar aquele momento, aquele dia 12/10/2009 que é único, essas pessoas nunca mais poderão voltar naquele exato momento, podem até voltar no mesmo lugar, no mesmo sarau, mas vai ser outro dia, outro cosmo, outro universo, outras estrelas.




PROGRAMAÇÃO DO SARAU EXPERIMENTAL:



20091006

Expo Sticker 09 - El Cabriton

Lançamento da Expo Stickers 09 foi na loja El Cabriton, na rua Augusta com a Al. Jau.
Mais uma iniciativa bacana, até onde eu saiba não existe nenhuma exposição de sticker. Foi bastante gente, muita galerinha nova, todos trocando sticker e colando na faxada da loja.
Teve um que superou, dá uma olhadinha na foto:



A faxada como ficou, depois de umas quatro horas:



20091005

OLHO DA RUA

A Exposição "Olho da rua" acabou ontem, na galeria olido. A proposta é muito interessante, o assunto mais ainda, se tratando de uma exposição desse nível temos que concordar que não é todo dia que nos defrontamos com esse tipo de iniciativa. Parabéns!







“Cracolãndia, igreja e estado assistem lá em cima…”


A Exposição busca adentrar o universo das pessoas que vivem em situação de rua, suas dificuldades, estratégias de sobrevivência, problemas decorrentes, expectativas de vida, possibilidades de luta e transformação social. A idéia é unir o trabalho de artistas que refletem sobre o tema com o olhar de pessoas que diretamente vivenciam ou vivenciaram o universo das ruas

EIA – Experiência Imersiva Ambiental

EIA – Experiência Imersiva Ambiental é um coletivo aberto de artistas que realiza anualmente desde 2004, entre outras ações, um festival de arte urbana em São Paulo aberto à participação de artistas e coletivos de arte de todo o Brasil e do mundo.

CILDO MEIRELES - Dessacralização da arte, Produção conceitual e Desmaterialização do objeto.

Nestes anos de censura, medo, e silêncio, que se seguiram à promulgação do AI-5, Cildo Meireles destacou-se por uma série de propostas política e socialmente críticas, como por exemplo, seu trabalho em carimbo em notas de um cruzeiro: “Quem matou Herzog?”, de 1975. Uma mensagem explícita, ainda que anônima, de sua visão da arte enquanto meio de democratização da informação e da sociedade. Motivo pelo qual costumava gravar em seus trabalhos deste período a frase: “a reprodução dessa peça é livre e aberta a toda e qualquer pessoa”, ressaltando a problemática do direito privado, do mercado e da elitização da arte.




É também, neste mesmo período, que o artista elabora seu projeto “Inserções em circuitos ideológicos”, que consistia em gravar nas garrafas retornáveis de Coca-cola informações, opiniões críticas, a fim de devolvê-las à circulação.


Já no final da década de 1970, passa a explorar através de seus trabalhos, a capacidade sensorial do público (gustativa, térmica, oral, sonora) como chave da fruição estética, e em detrimento da predominância visual das artes plásticas. Emprega cada vez mais, mas sempre em função de uma idéia, materiais precários, efêmeros, de uso cotidiano e popular.
Particularmente na década de 80, Cildo Meireles não aderiu a proposta de revitalização da pintura, como grande número de artistas da geração 80 a fizeram. Ele seguiu com sua produção conceitual de múltiplas linguagens e suportes empregados. Entretanto, perpassando décadas e acumulando estilos e idéias, este artista - sendo um seguidor e fomentador da contravenção Duchampiana de dessacralizar a arte - incorpora em seu repertório um citacionismo irônico da tradição da arte que domina nos anos 80. Deste modo, ele promove amplas possibilidades de expressão sobre a escultura desmobilizada de preceitos formais.
Vale dizer, que a intensa produção de Cildo Meireles, ainda em andamento, ampliou seu campo criativo ao inserir instalação, objeto e tecnologia. Além disso, ele reafirmou seu compromisso com o público e não com o mercado de arte. Seu trabalho simboliza o máximo grau atingido pela relação aberta entre linguagem e interação.





20090930

SUPERFLEX - Coletivo Dinamarquês

Bjørn Christiansen. Bjørn é parte do coletivo Superflex, formado por três artistas dinamarqueses. Ele casou com uma brasileira e hoje mora no Rio metade do ano.


Um dos projetos deles, por exemplo, é uma nova marca de guaraná. O Superflex foi para a Amazônia, fez contatos com agricultores de guaraná, bolou a logística de uma pequena fábrica de refrigerantes, fez contatos com comerciantes do mundo inteiro e criou uma cadeia de produção para vender um guaraná que não tem marca (na verdade, a marca é uma tarja preta). Os lucros vão integralmente para os agricultores. Ou seja, o trabalho deles é arte. Mas é muito mais que arte. É um jeito concreto de questionar o modelo econômico atual: guaraná é uma planta tradicional amazônica, mas só é explorada por um punhadinho de grandes corporações, quase sem benefício para os locais (porque, como trata-se de um oligopólio com baixa concorrência, os preços da fruta são baixíssimos).
O guaraná é só um dos muitos projetos do Superflex. Eles também fizeram uma cerveja grátis e uma usina de energia limpa na África. Desliguei o telefone empolgado com as possibilidades. E convencido de que o jeito de mudar o mundo é mudando o mundo.

“É uma bobagem ser contra o capitalismo. É absurdo ser ‘contra o sistema’. O único jeito de mudar o sistema é entrar nele e trabalhar para que ele seja como você quer que ele seja.”

“Não tenho nada contra ganhar dinheiro. Os lucros vão integralmente para os produtores porque neste momento é importante que seja assim, para consolidar o esquema. Mas, se o negócio crescer, também vamos querer ser remunerados.”

“Culpar o capitalismo por tudo é muito fácil. Qualquer um pode ficar num canto apontando o dedo.”

“O problema no Brasil é a falta de uma cultura de empreendedorismo. Há muita burocracia e pouca motivação para fazer coisas novas.”

“O mais importante do nosso projeto é que ele muda a ideia que os agricultores têm do que eles próprios são capazes. Eles podem virar empreendedores.”

Com essa atitude o Superflex consegue ter um impacto real no mundo. Por exemplo: se uma grande corporação quiser vender guaraná na Dinamarca, possivelmente vai encontrar dificuldades para entrar no mercado de lá. Afinal, o guaraná sem marca já ocupou o mercado – é vendido em bares, cafés, restaurantes – e passou sua mensagem democratizante, que caiu bem com a população nórdica.

Ações pelo mundo

Em Roma, dezenas de pessoas sequestram um ônibus e, armados de aparelhos de som, começam uma festa lá dentro. Interrogados, vários deles afirmam ter o mesmo nome: Luther Blissett. Em Nova York, surgem placas sinalizando lugares históricos sombrios, como o mercado onde se leiloavam escravos. Em mais de 300 cidades do mundo, na última sexta-feira de cada mês, bandos de centenas de ciclistas se encontram aparentemente por coincidência e param o trânsito na hora do rush.
Cidades dos pampas à Amazônia são invadidas por placas de trânsito adulteradas, paraquedistas de brinquedo caindo de arranha-céus e milhões de adesivos caseiros multicoloridos. Em Belo Horizonte, abre-se uma loja grátis. No norte da Itália, aparece um gigantesco coelho felpudo de 55 metros de altura. Um olhar mais atento no coelho revela o horror: suas tripas coloridas estão para fora.
O Luther Blisset, que sequestrou o ônibus, reunia mais de 400 artistas e escritores europeus que, entre 1994 e 1999, se dedicaram a inventar histórias falsas para enganar a imprensa e mostrar como os jornalistas somos incompetentes. Depois que se desfez, 5 membros fundaram o Wu Ming, coletivo italiano que escreve romances de sucesso. O RepoHistory, da placa do mercado de escravos de Nova York, era um grupo dos anos 90 dedicados à recuperação de passados perdidos. O Critical Mass, sem líder e reivindicação clara, promove invasões ciclísticas mensais há 17 anos em quase toda grande cidade do mundo. Os coletivos brasileiros de intervenção urbana são centenas, interessados em espalhar sua mensagem pelas ruas, em vez de abandoná-las em museus desertos. A loja grátis, instalada num mercado decadente de BH, na qual qualquer um pode deixar e pegar o que quiser, é um projeto do Ystilingue. O coelho gigante, que vai ficar apodrecendo até 2025 numa montanha italiana, foi feito com lã e palha pelo coletivo austríaco Gelitin.

20090929

Expo Stickers 09


Segundo ano consecutivo a Expo Stickers: uma reunião mundial de sticker arte, iniciativa única e inédita no mundo focada na reunião e exibição de adesivos vindos dos 4 cantos do planeta.
Este ano conseguimos 200 artistas participantes de 27 paises como Brasil, EUA, França, Itália, Polônia, Irã, Líbano, India, Australia, Argentina, México, Japão, Colômbia, Chile, Peru, Espanha, Uruguai, Portugal, Inglaterra, Alemanha, Rússia, Africa do Sul, Bélgica, Holanda, Eslováquia, China e Malasia.
Em São Paulo a esquina da fachada da loja-galeria El Cabriton y Amigos será coberta por adesivos de rua numa intervenção artística do meu personal-designer Souzacampus.
Desta forma a EXS 09 tem seu objetivo consagrado: exibição dos adesivos em seu ‘habitat-natural’ que é a rua, sem contar que o acesso se torna universal a qualquer pessoa que passe pela calçada, uma das mais movimentadas da cidade.
Em São Carlos a EXS 09 faz parte de um grande festival cultural universitário, o CONTATO que reúne manifestações artísticas contemporâneas que estão fora do mainstream e reúne estudantes do Brasil e América Latina.
Os interessados em conhecer mais a exposição podem pela internet acessar o Flickr oficial com todos os artistas catalogados e o site http://expostickers.org
As exposições serão itinerantes contam com apoio de: El Cabriton, KIngoLabs, Polvora!, IdeaFixa e Suvinil.

PARTICIPE DE NOSSAS FESTAS:

-São Paulo- abertura dia 3 de outubro a partir das 15h na El Cabriton (Rua Augusta nº 2008 esquina com Alameda Jau- Jardins- Estação Consolação do Metrô)

-São Carlos - abertura dia 7 de outubro a partir das 17h (Campus da UFSCar)

ENTRADA FRANCA

As exposições serão itinerantes contam com apoio de: El Cabriton, KIngoLabs, Polvora!, IdeaFixa e Suvinil.

20090928

Ação kassamb

Eu postei dizendo sobre a Ação Caçamba. Tirei algumas fotos para exemplificar o que disse sobre muito tudo, madeira, móveis, privadas, etc, jogadaos nessas caçambas. A idéia é reutilizar esses materiais.






Participem do Oasis

O Oasis é um movimento de pessoas conectadas em Rede, que agem em cooperação para colocar a mão na massa e fazer acontecer em diversas comunidades.
É só você se cadastrar no site, não esquecendo de escolher o local de Ação que você quer ajudar. Tem que entrar num grupo.
Se você mora em São Paulo tem a Vila Itororó, Baixado do Glicério.
Essas ações acontecem no Brasil inteiro, através do site.
http://oasissaopaulo.ning.com/

Vila Itororó

Esse final de semana vai ter um mutirão na Vila Itororó para reformar a associação do local. Quem puder e quiser ajudar...

Quem não conhece a Vila Itororó vale a pena ir até o lugar, não para tirar foto, que seria digno pela arquitetura, pois a Vila foi construída com ruínas de teatros, mas pra tentar descobrir um pouco da história do lugar.
Ali moram famílias, 250 pessoas. Estão querendo tirá-las do local para dar lugar a um Centro Cultural, sendo que ali já é um centro cultural, além de rolar vários projetos ali, teve também de sábado pra domingo a Vilada Cultural.
Será que essa ação também faz parte da revitalização do centro?
Essas fotos foram tiradas no dia da Vilada Cultural, tem muitos grafites no local e no dia tava rolando bandas, projeções, performance.




As fotos não estão boas, mas dá para ver a arquitetura e sentir um pouco da vibração do lugar.

Mais CaOs

Jogar dinheiro para o alto no meio da bolsa de valores seria um Terrorismo Poético bastante razoável, mas destruir o dinheiro seria uma excelente Arte-Sabotagem. Interferir numa transmissão de TV e colocar no ar alguns minutos de arte incendiária caótica seria um grande feito de Terrorismo Poético, mas simplesmente explodir a torre de transmissão seria um ato de Arte-Sabotagem perfeitamente adequado.

20090927

GENTRIFICAÇÃO

O EMBURRECIMENTO urbano, ou gentrificação, ou limpeza social, diz respeito à expulsão de moradores tradicionais, que pertencem a classes sociais menos favorecidas, de espaços urbanos e que subitamente sofrem uma intervenção urbana (com ou sem auxílio governamental) que provoca sua valorização imobiliária. Ou seja, bem parecido com o que vai acontecer aqui no centro de São Paulo, eles querem revitalizar a área, portanto vão tirar as famílias de baixa renda do centro e vão realocá-las (se isso for feito)em bairros periféricos. Pobre não pode viver no centro, eles não tem esse direito!
Também tem uma maneira mais sutil de isso ser feito, exemplo a Vila Madalena, e a arte muitas vezes é usada pela especulação imobiliária. Vários artistas começaram a montar seus atelies lá, também por ser uma área relativamente barata, aluguel barato, o lugar começa a valorizar, o capitalismo chega trazendo grandes corporações como Mc Donalds e outras porcarias, o aluguel sobe, tudo sobe, VALORIZANDO A ÁREA ( O que é valorizar uma área? É ter apenas pessoas com renda maior ou equivalente a  20.000 mil por mês, no mesmo metro quadrado? Até aonde eu sei, dinheiro e valor, no caso, pessoal, é bem diferente). Muitas vezes esses artistas, pelo menos os mais independentes, fora dos circuitos de arte, não conseguem mais se manter naquele local, financeiramente, e são obrigados a mudarem.
VIVA A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA!! VIVA O CAPITALISMO!!

CAOS - Terrorismo Poético & outros crimes exemplares. Hakim Bey

O Caos nunca morreu. O Caos é anterior a todos os princípios de ordem.
As correntes da Lei não foram apenas quebradas, elas nunca existiram. Sabe o que aconteceu? Eles mentiram, venderam-lhes idéias de bem e mal, infundiram-lhe a desconfiança de seu próprio corpo, a vergonha pela sua condição de profeta do caos, inventaram palavra de nojo para seu amor molecular, hipnotizaram-no com a falta de atenção, entediaram-no com a civilização.
Não há transformação, revolução, luta, caminho. Você já é o monarca de sua própria pele. A sua liberdade é inviolável e espera ser completa apenas pelo amor de outros monarcas.
Desejo até o limite do terror. Todo o resto é apenas mobília coberta, anestesia diária, merda para cérebros, tédio sub-réptil de regimes totalitários.
Avatares (representantes) do caos agem como criminosos do amor louco, acessíveis como crianças, perseguidos por obsessões, desempregados, sexualmente perturbados, anjos terríveis, olhos que lembram flores.
Aqui estamos, engatinhando pelas frestas entre as paredes da Igreja, do Estado, da Escola, da Empresa, todos os monólitos paranóicos. Arrancados da tribo pela nostalgia selvagem, escavamos em busca de mundos perdidos, bombas imaginárias.

Essa é só uma introdução do livro. O caos que Hakim Bey proprõe é o inverso do que nós vivemos hoje, inverso esse que é a verdadeira ordem, ele propoe a ordem e não o caos. Alguém tem alguma dúvida de que o que nós vivemos o caos e não a ordem?

20090924

Vídeo - Marina Abramovic, GenitalPanik


Vídeo - Marina Abramovic. GenitalPanik
Coincidência ou não esse é o segundo vídeo de nudez perturbadora, mas prefiro chamar de nu artístico!
Ela é performer desde 70, nasceu na Iuguslávia.
O corpo sempre foi o seu tema e sua mídia.
Abramovic utiliza (d)a vida cotidiana como deitar, sentar, sonhar e pensar.
Junto com Bruce Naumam, Vito Acconci, e Chris Burden, Abramovic agrega valor a art performance.

20090923

Vídeo - La furia Del Baus

Performance!
É uma das formas de se fazer uma intervenção.

Vídeo - Yomango

Vídeo - Ação do Coletivo Yomango
Yomango é um coletivo Espanhol, na gíria quer dizer "eu roubo".
Lembrando que Mango é uma loja de roupa da Espanha.
Desobediência civil! Afanar produtos, propõe a reapropriação, a livre circulação de objetos, bens, idéias e pessoas, o questionamento e a desobediência ao capitalismo.
Este é um vídeo de uma ação no supermercado.
site: http://www.yomango.net/

20090922

Vídeo - Tatsumi Hijikata - ANKOKU BUTÔ (Dança das Trevas)

Vídeo - Tatsumi Hijikata. Butô
As suas questões diziam respeito, antes de mais nada, ao colapso do corpo, à exploração da consciência (e do inconsciente cognitivo), ao enfrentamento da morte e à investigação de campos de percepção ainda não suficientemente pesquisados."O que aconteceria se fosse possível colocar uma escada dentro do corpo para descer até o fundo?"A cidade é formada por corpos, consciente e insconcientes, toda essa transição de corpos forma uma cidade.Pensar a cidade, de um certa maneira, é pensar em nós mesmos.

20090920

Livro

Arthur me indicou o livro "A cidade polifônica" do Canevaci.

Leitura

Estou lendo o livro Distúrbio Eletrônico, coleção Baderna. Coletivo Critical Art Esemble.
Fazendo fichamento.

Intervenções

Estou em dúvida entre duas Ações:

- intervenção 1 : trabalhará aspectos da luz, da cor e do som na cidade de São Paulo.
Como os prédios trazem sombra, como isso afeta nosso inconsciente e a cidade de São Paulo. Como as casas e as ávores possibilitam a passagem de luz.
A cor cinza prevalece não só nas construções, mas também no asfalto. Um grafite devolve a cor pra cidade e consequetemente devolve a vida para aquele pedaço que o desenho foi feito.
O som que ouvimos todos os dias na cidade de São Paulo é atordoante, buzina, moto, caminhão. Não nos damos conta da poluição sonora e como esse aspecto influencia no nosso humar, na inquietação.
O Objetivo é despertar para aspectos simples, que fazem muita diferença para nós como seres humanos, mas que as pessoas não se lembram mais dessa importância, entrando num caos sonoro, visual, emocional e mental. Tudo se funde, e os humanos também.

- intervenção 2 : trabalhará a caçamba de entulho, alugada normalmente para reformas. Por falar nisso, porque tanta reforma?
A reutilização desses materias jogados na caçamba, muitas madeiras, móveis, privadas, malas, gaiolas, etc. são "jogados" nessas caçambas.
Vamos primeiro fazer uma "coleta" desses materiais nas caçambas e levar tudo e todos para um terreno vazio, para que possamos restaurar os móveis achados, construir com as madeiras, reutilizar o que já está pronto para ser REUTILIZADO.

Ainda não pensei no site das intervenções.

Exposição "O Olho da rua"

na Galeria Olido.
Está rolando!

Arte Cidade

Nelson Brissac

www.cap.eca.usp.br/ars7/brissac.pdf